Num momento
em que a comunicação interna começa, finalmente, a ser percebida como
ferramenta estratégica fundamental ao sucesso das organizações, cresce o debate
a respeito da comunicação “face to face”.
Inúmeras
teorias, fórmulas mágicas e técnicas revolucionárias prometem criar um formato
ideal para este tipo de comunicação. Porém, nunca uma máxima foi tão atual:
NADA SUBSTITUI O DIÁLOGO.
A comunicação
“face to face”, acima de toda a fundamentação teórica, deve ser entendida como
a habilidade dos diversos níveis da organização de dialogarem entre si.
Desta
maneira, podemos considerar este tipo de comunicação muito mais como um traço
cultural da empresa do que um programa instrumental a ser implementado.
Isso não quer
dizer que os profissionais da área de comunicação devem assumir uma postura
passiva comportando-se como meros expectadores do processo. É fundamental
compreender a essência deste processo para, a partir daí, estabelecer um
ambiente propício à sua efetivação.
A comunicação,
para acontecer de verdade, precisa de canais, de conteúdo e da habilidade de
falar e ouvir. E é nesse tripé que se apoia a eficácia do “face to face” e a
missão dos comunicadores.
Canais - a comunicação interna passa por um
período de descoberta de inúmeros canais. O acesso a novas tecnologias, os recursos
Web e a popularização das mídias digitais criaram um número infindável de
possibilidades. Porém, pessoas acreditam em pessoas! Por maior que seja a
credibilidade de um veículo de comunicação, ela se dá pela associação do mesmo
às pessoas que o validam.
No caso da
comunicação face a face, cabe ao comunicador criar “eventos” internos que
promovam esta interação. Os canais deixam de ser formais para tornarem-se
situações favoráveis aos diálogos. Este é o caso dos “Encontros Diários de
Segurança”, das “Reuniões em cascata”, entre outras.
Conteúdo – comunicação é, obrigatoriamente,
uma via de mão dupla. As mensagens nascem nos mais diversos pontos da
organização e seguem por diferentes fluxos. Porém, o “face to face” deve ser
promovido e motivado a partir de uma agenda prévia que aborde aspectos de maior
importância. Esta iniciativa mostra o desejo da empresa de levar suas questões
mais relevantes à equipe e a valorização dos líderes como agentes de comunicação.
Habilidade – certamente, a habilidade de
comunicação não está presente em todas as lideranças na empresa. E são eles, os
líderes, os protagonistas do “face to face”. Desta maneira, cabe ao comunicador
tornar-se um agente promotor da formação e da sensibilização das lideranças para
o tema.
Como você
pôde ver, o novo posicionamento da comunicação interna exige dos profissionais
da área uma postura mais pró-ativa e abrangente frente aos desafios da gestão.
Mais do que criar e manter canais formais, cabe a nós compreendermos as redes
informais de comunicação e entendermos seu funcionamento para, a partir daí,
interferimos de maneira a tornar o processo transparente e eficaz.