Na grande maioria das empresas que visito, é comum encontrar profissionais das áreas de comunicação e RH em situação de “pré-ataque de nervos” frente às dificuldades de comunicação que enfrentam, sobretudo, na área operacional e no “face a face” dos líderes com suas equipes.
Em linhas gerais, as informações fluem bem nos níveis da alta e média gestão, porém, quando chega a hora de envolver os colaboradores operacionais, a coisa muda de figura.
A explicação é mais simples do que parece. Para realizar qualquer atividade, o ser humano precisa, em primeiro lugar, querer fazer, em seguida poder fazer e, por último, saber fazer.
É nesse conjunto de condições que se apóia o sucesso dos programas de comunicação face a face.
O “querer fazer” é o primeiro passo para qualquer atitude. As pessoas precisam encontrar um motivo que lhes leve à ação.
Desta maneira, se você pretende melhorar o nível da comunicação na sua liderança, comece mostrando o motivo. Sensibilize seus gestores, mostrando-lhes a importância de darem e receberem informações. Faça com que eles compreendam a grande melhoria que pode existir em seu relacionamento com suas equipes e nos seus resultados a partir de um processo de comunicação mais eficiente.
O “poder fazer” também é fundamental. Muitas empresas culpam seus líderes pela falta de comunicação no nível operacional, mas a alta gestão não delega este poder e, mais ainda, não se coloca como exemplo no processo.
Sendo assim, garanta que a alta gestão da empresa realmente perceba a comunicação como fator estrategicamente prioritário e, antes de iniciar qualquer programa nesse sentido, envolva toda a direção, certificando-se de sua adesão.
Por fim, o “saber fazer” é a condição que finaliza o processo.
É verdade que muito se tem investido na capacitação comportamental dos líderes, mas um cuidado tem sido deixado de lado: sua instrumentalização.
Os líderes precisam ser priorizados no fluxo da informação. Eles devem receber as notícias antecipadamente para não serem surpreendidos pelos acontecimentos.
Por isso, crie mecanismos e canais para facilitar sua atuação como comunicadores.
E não se esqueça: o ser humano é naturalmente sociável. Se a comunicação não ocorre com fluidez na sua equipe é porque algo está impedindo o fluxo das informações.
Muitas podem ser as barreiras: preconceitos, disputas internas, falta de qualificação, insegurança, entre outras.
Nossa principal missão como comunicadores é identificar e eliminar as barreiras que impedem esse fluxo.