A experiência esportiva nos traz inúmeras lições. Recordo-me de um fato que marcou a história dos Jogos Panamericanos do Rio de Janeiro.
Na oportunidade, a atleta Poliana Okimoto conquistou a medalha de prata na maratona aquática. Todos os noticiários esportivos narraram a saga da nadadora e lamentaram a perda do ouro por uma braçada.
A própria Poliana comentou que uma onda e um pequeno erro no último movimento da prova impediram a vitória inédita.
Mas que lição podemos tirar desta triste experiência?
A maratona aquática é uma prova de 10 km. Se considerarmos que cada braçada faz o nadador avançar cerca de 1m, a prova tem cerca de 10 mil braçadas. Não seria então muita injustiça colocar toda a responsabilidade na última.
É verdade que a energia no final da prova, a garra para vencer os últimos desafios é fundamental, mas será que um dimensionamento melhor ao longo das outras 9.999 braçadas não traria o tão esperado resultado? Será que um pouco mais de energia no início da prova não teria feito a diferença?
Aí vale a reflexão. Na nossa carreira ou nas nossas empresas, quantas vezes amargamos o fracasso, culpando um ou outro detalhe, uma ou outra decisão?
A verdade é que, seja nas provas de longa distância, seja na vida corporativa, a vitória é construída ao longo de toda a trajetória.
Precisamos tomar consciência de que o desperdício em qualquer etapa do percurso poderá fazer falta no final. Precisamos dar o nosso melhor e investir toda nossa energia, mesmo nos momentos em que a decisão parece ainda estar muito distante.
Quando iniciamos um novo projeto, precisamos ter a visão do todo, nos dedicando ao máximo em cada uma das etapas.
O mesmo devemos levar às nossas equipes. Em nosso papel de líderes temos a responsabilidade de motivar nosso time durante todo o tempo, tendo e passando a certeza de que cada momento é o mais importante.
Não espere uma grande cotação para surpreender seu cliente, não espere a abertura de uma vaga para investir em sua capacitação, não deixe para amanhã o que você PRECISA fazer hoje!