Quando
ouvimos falar em inovação, logo nos vêm à mente produtos de alta tecnologia ou
sistemas revolucionários baseados em softwares poderosos.
Porém, para
compreendermos a inovação sob a ótica dos nossos tempos, devemos considerar
muito mais o conceito de evolução do que o de revolução.
Ao longo da
história dos modelos de gestão, iniciada com a Revolução Industrial,
vivenciamos transformações realmente radicais.
Conceitos
como o da produção seriada ou mesmo avanços tecnológicos como a invenção dos
computadores representaram uma gigantesca quebra de paradigmas e uma reinvenção
no formato das organizações empresariais.
À medida que
os modelos e processos de gestão foram amadurecendo, as grandes mudanças deram
lugar a um processo de pequenas, porém, constantes melhorias.
É certo que a
tecnologia avança como nunca antes, mas esta própria condição tecnológica nos
permite assimilar as transformações de maneira muito menos traumática.
Neste
cenário, onde a única certeza é a mudança, precisamos estar atentos a todas as
oportunidades de melhoria que se apresentam e transformá-las nas grandes
aliadas do nosso modelo de gestão.
Com este
objetivo, muitas organizações implementaram programas de inovação e
criatividade, onde seus colaboradores eram motivados a contribuir com o
processo de aperfeiçoamento, apresentando propostas e sugerindo ações.
Não há
dúvidas de que este tipo de iniciativa traz muitos resultados diretos e
indiretos.
A empresa
passa a contar com um grande grupo de observadores, presente no dia-a-dia das
atividades e atento ao que pode ser melhorado.
Por outro
lado, a abertura deste canal de comunicação e a disposição da empresa em ouvir
as ideias de “sua gente” provocam um efeito motivador extremamente favorável à
performance das equipes.
Porém, nem
tudo são flores. Ao decidir implementar um programa deste tipo, você deve tomar
alguns cuidados fundamentais:
Todo
colaborador, independente da área ou nível hierárquico, pode ser uma valiosa
fonte de ideias. Desta maneira, tenha a certeza de informar e incluir todos os
quadros da empresa no programa.
Um dos
maiores motivos de descrédito e consequente fracasso dos programas de geração
de ideias é a falta de avaliação e retorno das contribuições. Antes de lançar o
programa, é fundamental que você tenha uma estrutura montada com capacidade
para receber, avaliar e dar retorno a todos os participantes. Lembre-se ainda
de estabelecer critérios claros para a aprovação ou não das ideias propostas.
Embora esperemos
que todos os colaboradores da empresa tenham a visão da melhoria contínua e
sejam co-responsáveis pela sua efetivação, os programas de ideia sempre estão
diretamente associados ao reconhecimento dos participantes.
Sendo assim,
procure criar o clima de celebração, “premiando”, seja de maneira concreta ou
apenas simbólica, aqueles que de alguma maneira contribuíram com o processo.
Nesta ocasião, vale lembrar que o reconhecimento do superior frente à equipe pode
valer mais que brindes ou outras formas de premiação.
Acredite e
invista no potencial inovador de sua equipe. Você verá que as respostas para
muitas de suas questões se encontram bem mais próximas do que você imagina.