Há algum tempo, estivemos reunidos para mais um encontro do Comitê
ABERJE de Sustentabilidade.
Na oportunidade, a mesa redonda foi mediada por Ricardo Voltolini, Editor da
Revista Idéia Socioambiental, e por Paulo Nassar, Presidente da ABERJE.
Como convidados especiais participaram Ricardo Amoroso, Presidente do Grupo
ORSA, e Alexandre Alfredo, Diretor de Relações Institucionais da GE.
Mais uma vez, o encontro trouxe uma série de reflexões interessantes acerca da
sustentabilidade. Porém, desta vez, uma frase colocada por Ricardo Amoroso me
chamou especial atenção.
Ao ser questionado sobre as mudanças na comunicação empresarial, motivadas pela
ascensão da temática da sustentabilidade na agenda das organizações, o
executivo afirmou: “Com o tempo, me convenci de que comunicar é chamar para
conversar…”
Em poucas palavras, a frase traz toda a complexidade e os desafios que se
apresentam para nós comunicadores.
Precisamos sim “chamar para conversar”. Porém, passamos a conversar com muito
mais gente; gente com características e demandas diferentes. São os tais
stakeholders no lugar dos shareholders.
Esses novos públicos precisam ser atraídos para a “conversa” através de uma
mensagem adequada e adaptada aos seus interesses.
Muitos deles respiram inovação e tecnologia, vivem no ciberespaço e precisam
ser alcançados por canais mais ágeis, que vençam a concorrência que a overdose
de informações tem trazido.
E mais, precisamos aprender que uma boa “conversa” nasce de um diálogo e nunca
de um monólogo. Somente com a abertura de canais para um feedback transparente
e produtivo é que essa conversa pode engrenar.
Enfim, esse “chamar para conversar” exige muito de todos nós e precisa de muito
compromisso para acontecer de verdade.
A maneira clara e simples com que o Ricardo Amoroso fala dessa “conversa” nos
faz acreditar que estamos caminhando na direção correta.